KEYNESIANISMO, TRABALHISMO E POPULISMO
Os direitos trabalhistas, como jornada diária máxima de 8 horas, o salário mínimo e as férias, são frutos, ao longo da história, conquistados por meio da luta de proletários influenciados pelo pensamento de Marx ou uma dádiva, advinda da tomada consciência social por parte burguesia influenciada pelos ideais de Keynes?
Autores mais ou menos respeitados - mais por certos leitores, menos pelos seus pares - que se colocam como novos arautos da juventude de direita (até mesmo os neoliberais!), tem defendido a segunda hipótese. Segundo eles, foi John Maynard Keynes quem propôs, em seu livro "Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda", publicado em 1936, que o Estado adotasse, em períodos de crise, em vez de medidas de austeridade, políticas de estímulo ao crescimento, como aumento de salários e da oferta de subsídios - são as tais "medidas anticíclicas" keynesianas. Enquanto os Liberais defendiam um Estado mínimo, Keynes defendia maior intervenção do Estado na economia, regulando taxa de juros, estabelecendo piso salarial e férias, por exemplo, como leis a serem seguidas em todo o país.
Tanto (neo)liberais quanto keynesianos insistem em defender esta hipótese por, cada um, duas razões. Primeiramente, os dois, para se opor ao Marxismo e negar que essas conquistas sejam oriundos da luta dos trabalhadores. Em segundo lugar, Keynesianos - obviamente para "puxar a farinha para o seu pilão" - legitimando o discurso populista ao qual por vezes recorrem. Os Neoliberais, por outro, atribuem os direitos trabalhistas aos keynesianos para culpa-los por algo que consideram um erro - e, assim, "matar dois coelhos com uma só paulada".
Porém, uma análise um pouco mais aguçada da história, revela o contrário: no Brasil, por exemplo, já em 1917, na Greve Geral, tinha na reivindicação do salário mínimo sua principal motivação. A greve, motivada pela morte do trabalhador e imigrante espanhol José Martinez, foi organizada por outros trabalhadores, anarquistas como José. Em 3 dias, começando pela data do velório de José - em um tempo em que não havia celulares nem internet - cerca de 70 mil trabalhadores aderiram à greve. Por seu turno, a redução da jornada diária de trabalho, de 12 para 8 horas, só aconteceu no século XX, após décadas de protestos e greves de trabalhadores e da morte de milhares deles pelas mãos das forças de repressão da burguesia, como a Greve de Chicago de 1886.
Keynes, como defensor do Capitalismo - afinal, o Keynesianismo nada mais é do a maquiagem socialista do Capitalismo - só fez enxergar a necessidade de se atender às reivindicações dos trabalhadores, no intuito de torna-los mais dóceis para melhor contra-los. Assim, injetando no Capitalismo uma dose de humanidade destilada do sangue de socialistas (marxistas ou utópicos) e anarquistas ao longo da história, Keynes pretendia torna-lo mais longevo, evitando ao máximo possível que o proletariado desse início à sua revolução.
O Keynesianismo, se encaixa naquilo que Marx e Engels definiram como "Socialismo Conservador Burguês":
O keynesianismo e o populismo nada mais são, portanto, que concessões feitas pelos burgueses - e vista por eles como um mal necessário - para manter um pouco mais seus privilégios. Mas, se não fosse a luta e o sangue dos trabalhadores ao longo da história, esse "amolecer de corações" jamais teria ocorrido no seio da burguesia. Tais concessões, isto é, os direitos trabalhistas, como jornada diária máxima de 8 horas, o salário mínimo e as férias, são frutos, ao longo da história, conquistados por meio da luta de proletários influenciados pelo pensamento de Marx e outros pensadores.
Autores mais ou menos respeitados - mais por certos leitores, menos pelos seus pares - que se colocam como novos arautos da juventude de direita (até mesmo os neoliberais!), tem defendido a segunda hipótese. Segundo eles, foi John Maynard Keynes quem propôs, em seu livro "Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda", publicado em 1936, que o Estado adotasse, em períodos de crise, em vez de medidas de austeridade, políticas de estímulo ao crescimento, como aumento de salários e da oferta de subsídios - são as tais "medidas anticíclicas" keynesianas. Enquanto os Liberais defendiam um Estado mínimo, Keynes defendia maior intervenção do Estado na economia, regulando taxa de juros, estabelecendo piso salarial e férias, por exemplo, como leis a serem seguidas em todo o país.
Tanto (neo)liberais quanto keynesianos insistem em defender esta hipótese por, cada um, duas razões. Primeiramente, os dois, para se opor ao Marxismo e negar que essas conquistas sejam oriundos da luta dos trabalhadores. Em segundo lugar, Keynesianos - obviamente para "puxar a farinha para o seu pilão" - legitimando o discurso populista ao qual por vezes recorrem. Os Neoliberais, por outro, atribuem os direitos trabalhistas aos keynesianos para culpa-los por algo que consideram um erro - e, assim, "matar dois coelhos com uma só paulada".
Porém, uma análise um pouco mais aguçada da história, revela o contrário: no Brasil, por exemplo, já em 1917, na Greve Geral, tinha na reivindicação do salário mínimo sua principal motivação. A greve, motivada pela morte do trabalhador e imigrante espanhol José Martinez, foi organizada por outros trabalhadores, anarquistas como José. Em 3 dias, começando pela data do velório de José - em um tempo em que não havia celulares nem internet - cerca de 70 mil trabalhadores aderiram à greve. Por seu turno, a redução da jornada diária de trabalho, de 12 para 8 horas, só aconteceu no século XX, após décadas de protestos e greves de trabalhadores e da morte de milhares deles pelas mãos das forças de repressão da burguesia, como a Greve de Chicago de 1886.
Keynes, como defensor do Capitalismo - afinal, o Keynesianismo nada mais é do a maquiagem socialista do Capitalismo - só fez enxergar a necessidade de se atender às reivindicações dos trabalhadores, no intuito de torna-los mais dóceis para melhor contra-los. Assim, injetando no Capitalismo uma dose de humanidade destilada do sangue de socialistas (marxistas ou utópicos) e anarquistas ao longo da história, Keynes pretendia torna-lo mais longevo, evitando ao máximo possível que o proletariado desse início à sua revolução.
O Keynesianismo, se encaixa naquilo que Marx e Engels definiram como "Socialismo Conservador Burguês":
"Uma parte da burguesia deseja remediar os males sociais para garantir a existência da sociedade burguesa.É neste ponto que o Keynesianismo veste seu disfarce mais simpático, escondendo seu capitalismo essencial e latente sob um véu socialista: é o populismo, de Getúlio Vargas e Lula, de Mussolini e Berlusconi. A principal característica do populista é o emprego do termo "povo" (ou popolo, em italiano), como forma de fingir que a sociedade não seja dividida em classes sociais, escondendo assim um fato de que, dentre esse tal "povo", há aquela parte que o elege por meio de votos e a cujos interesses ele diz atender (o proletariado) e aquela outra que o elege porque possui poder político obtido às custas de seu poder econômico e, portanto, é à satisfação dos interesses desta que o populista verdadeiramente dirige seus esforços (ou seja, a burguesia). O populista não almeja o fim da exploração dos proletários pelos burgueses nem o fim da sociedade de classes, precisamente pelo fato de que ele também é burguês.
[...]
Os socialistas burgueses querem as condições de vida da sociedade moderna, sem os conflitos e os perigos que dela necessariamente decorrem. Desejam a sociedade atual, subtraindo dela os elementos revolucionários e que contribuem para sua dissolução. Querem a burguesia sem o proletariado. Naturalmente, a burguesia quer um mundo no qual ela domina como melhor dos mundos." [O Manifesto Comunista, pág. 37.]
O keynesianismo e o populismo nada mais são, portanto, que concessões feitas pelos burgueses - e vista por eles como um mal necessário - para manter um pouco mais seus privilégios. Mas, se não fosse a luta e o sangue dos trabalhadores ao longo da história, esse "amolecer de corações" jamais teria ocorrido no seio da burguesia. Tais concessões, isto é, os direitos trabalhistas, como jornada diária máxima de 8 horas, o salário mínimo e as férias, são frutos, ao longo da história, conquistados por meio da luta de proletários influenciados pelo pensamento de Marx e outros pensadores.
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