POLÍCIA PARA QUEM PRECISA

Desde o final do Feudalismo, vivemos sob o Capitalismo, que até a presente data passou por 4 fases: Capitalismo Comercial (Mercantilismo), Capitalismo Industrial, Capitalismo Financeiro e Capitalismo Técnico-científico. Este sistema político-econômico se baseia na divisão da sociedade em classes nais quais a burguesia é classe dominante dentro da hierarquia. Foram os burgueses que sepultaram o sistema Feudal quando, suplantando o poder da nobreza e do clero, ascenderam ao topo da pirâmide social. A  partir da milícias armadas que  antes haviam para proteger a nobreza ou o clero (lembremos que no tempo de Maquiavel até mesmo os papas possuíam exércitos e conquistavam terras), surgiu a polícia. Dentro do Capitalismo, a polícia é parte do proletariado, não da burguesia, pois é explorado por ela.

Proletário define-se como aquele que, vendendo sua força de trabalho à Burguesia, é explorado por esta, a qual, por seu turno, define-se como a classe à qual pertencem os meios de produção e que explora o proletariado. Porém, apesar de parte do proletariado, a polícia defende a classe dominante, isto é, a Burguesia, em vez de proteger sua própria classe. A polícia é, portanto, o braço-armado da burguesia, a classe exploradora. Citando uma filósofa francesa: "O opressor não seria tão forte se não tivesse aliados entre os oprimidos". Enquanto a polícia (a instituição, não o policial em específico) continuar servindo como força repressora criada pela burguesia para evitar que o proletariado se volte contra ela e, colocando um fim à sua exploração, leve à sua extinção, eu continuarei considerando-a uma inimiga.

A burguesia sabe que quando ela de deixar existir, as classes também inexistirão, passando a haver apenas uma: a classe dos proletários livres, a classe dos que trabalham e não são explorados nem exploram outro trabalhador. É por esta sociedade que todos os proletários - professores, policiais, médicos, faxineiras, balconistas, costureiras, motoristas, etc - devem lutar!