LIBERDADE ALIENADA
Nós, comunistas de ambas as vertentes, apontamos os EUA como maior nação capitalista, bem como sua promoção de golpes militares, guerras e guerrilhas pelo mundo no intuito de manter territórios ricos em recursos naturais e/ou mercador consumidor à disposição de suas empresas.
Contudo, é mister lembrar e sempre salientar - para evitar dar margens à interpretações xenofóbicas - que quando nos referimos aos EUA em questões de geopolítica, que trata-se das classes dominantes naquele país, que decidem seus rumos independentemente da opinião da classe trabalhadora estadunidense. Esta é tão explorada e manipulada quanto as classes trabalhadoras que qualquer país capitalista.
E a classe trabalhadora de todos os impérios tem sido manipuladas em sua consciência justamente por um discurso xenofóbico: o da sua superioridade racial, cultural e nacional sobre o resto dos povos e nações.
No caso dos EUA, esta característica está contida tanto na Doutrina do Destino Manifesto, na Doutrina Monroe e na Doutrina Bush, quanto na própria idealização da América (do Norte) como terra da liberdade e das oportunidades, quando no mito do self made man, expressão precisa do ideal do homem norte-americano com o homem que, por meio do seu esforço individualista e individual, construiria do nada si mesmo, atingindo o sucesso por meio da acumulação de riquezas.
É como se a classe dominante de lá se apropriasse do desejo de liberdade das classes dominadas impregnando-as das crenças de que apenas lá é possível ser livre, por mais que isso implique na redução da igualdade em outros cantos, e que só pode e merece ser livre um homem que, sem vínculos sociais, culturais ou temporais (pois todo homem é um animal social, que se relaciona com, influencia e é influenciado por outros homens, com os quais compartilha uma cultura no espaço, que habita, e no tempo, onde se sucedem as gerações), pelo esforço próprio, motivado unicamente por si e para si, acumula capitais que lhe garantam esta liberdade.
O escravismo atual é mais sutil, porém não menos perverso. Para os africanos e sul-americanos escravizados (os de hoje e os que descendem dos de antes) pelos europeus, o que os separa do direito humano à liberdade são, de um lado, a instabilidade (financiada pelas potências internacionais) política, econômica e militar de seus países e, de outro, o deserto, o mar e as cercas que tentam impedi-los de chegar à Europa ou à América do Norte, terras da liberdade de poucos e exploração de todo resto.
Sendo o Liberalismo baseado na noção de meritocracia, isto é, o Liberalismo defende que seja dada máxima liberdade para que os indivíduos (e empresas) ascendam. Desse modo, quando a conquista desses espaços por qualquer um que não se reconheça com membro da classe explorada, fará com que ele acredite ter chegado lá apenas por esforço e mérito próprio. Lembremos que o capitalismo é um sistema essencialmente alienante, pois, como Marx já mostrou, aliena do trabalhador a sua força de trabalho, o produto deste de trabalho, mediante a alienação dos meios de produção, ou seja,da propriedade privada. Com o Liberalismo até mesmo a noção de sociedade, de interdependência e inter-relação, entre cada homem e seus iguais, lhe é alienada. Daí a a ilusão do individualismo que na esquerda se traveste de identitarismo.
A liberdade, no capitalismo, é alienada da humanidade. Nós, trabalhadores, somos livres ou não, não por sermos humanos, mas pelo nosso valor enquanto produtores/consumidores dentro do sistema capitalista global. Por isso é que nós, trabalhadores de todos as nações, "desenvolvidas" ou não, precisamos nos unir para derrubar as classes que nos dominam e exploram. Portanto, sem a formação da uma consciência de classes, isto é, sem que os trabalhadores se reconheçam como explorados e se unam, e reconheçam a burguesia como aquela que os explora e lutem contra ela, o a desmistificação do próprio ideário liberal não frutificará.
Contudo, é mister lembrar e sempre salientar - para evitar dar margens à interpretações xenofóbicas - que quando nos referimos aos EUA em questões de geopolítica, que trata-se das classes dominantes naquele país, que decidem seus rumos independentemente da opinião da classe trabalhadora estadunidense. Esta é tão explorada e manipulada quanto as classes trabalhadoras que qualquer país capitalista.
E a classe trabalhadora de todos os impérios tem sido manipuladas em sua consciência justamente por um discurso xenofóbico: o da sua superioridade racial, cultural e nacional sobre o resto dos povos e nações.
No caso dos EUA, esta característica está contida tanto na Doutrina do Destino Manifesto, na Doutrina Monroe e na Doutrina Bush, quanto na própria idealização da América (do Norte) como terra da liberdade e das oportunidades, quando no mito do self made man, expressão precisa do ideal do homem norte-americano com o homem que, por meio do seu esforço individualista e individual, construiria do nada si mesmo, atingindo o sucesso por meio da acumulação de riquezas.
É como se a classe dominante de lá se apropriasse do desejo de liberdade das classes dominadas impregnando-as das crenças de que apenas lá é possível ser livre, por mais que isso implique na redução da igualdade em outros cantos, e que só pode e merece ser livre um homem que, sem vínculos sociais, culturais ou temporais (pois todo homem é um animal social, que se relaciona com, influencia e é influenciado por outros homens, com os quais compartilha uma cultura no espaço, que habita, e no tempo, onde se sucedem as gerações), pelo esforço próprio, motivado unicamente por si e para si, acumula capitais que lhe garantam esta liberdade.
O escravismo atual é mais sutil, porém não menos perverso. Para os africanos e sul-americanos escravizados (os de hoje e os que descendem dos de antes) pelos europeus, o que os separa do direito humano à liberdade são, de um lado, a instabilidade (financiada pelas potências internacionais) política, econômica e militar de seus países e, de outro, o deserto, o mar e as cercas que tentam impedi-los de chegar à Europa ou à América do Norte, terras da liberdade de poucos e exploração de todo resto.
Sendo o Liberalismo baseado na noção de meritocracia, isto é, o Liberalismo defende que seja dada máxima liberdade para que os indivíduos (e empresas) ascendam. Desse modo, quando a conquista desses espaços por qualquer um que não se reconheça com membro da classe explorada, fará com que ele acredite ter chegado lá apenas por esforço e mérito próprio. Lembremos que o capitalismo é um sistema essencialmente alienante, pois, como Marx já mostrou, aliena do trabalhador a sua força de trabalho, o produto deste de trabalho, mediante a alienação dos meios de produção, ou seja,da propriedade privada. Com o Liberalismo até mesmo a noção de sociedade, de interdependência e inter-relação, entre cada homem e seus iguais, lhe é alienada. Daí a a ilusão do individualismo que na esquerda se traveste de identitarismo.
A liberdade, no capitalismo, é alienada da humanidade. Nós, trabalhadores, somos livres ou não, não por sermos humanos, mas pelo nosso valor enquanto produtores/consumidores dentro do sistema capitalista global. Por isso é que nós, trabalhadores de todos as nações, "desenvolvidas" ou não, precisamos nos unir para derrubar as classes que nos dominam e exploram. Portanto, sem a formação da uma consciência de classes, isto é, sem que os trabalhadores se reconheçam como explorados e se unam, e reconheçam a burguesia como aquela que os explora e lutem contra ela, o a desmistificação do próprio ideário liberal não frutificará.
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