SOBRE AS COTAS RACIAIS
Os programas de distribuição de renda (esse é o nome certo) como Bolsa Família são medidas de curto prazo que tem tido grande eficiência no combate à miséria extrema e à fome. No entanto, como medias de curto prazo que são, são também imediatistas, e precisam ser acompanhadas de transformações mais profundas, como ampliação do acesso e melhoria da qualidade da educação, e geração de empregos.
A alienação na qual grande parte da população ainda se encontra é consequência precariedade da Educação básica pública, o que se reflete no comodismo político, e ambas fazem parte de um projeto de poder burguês. Porém, é preciso lembrar quem "já está de barriga cheia" tem forças para lutar e fazer a necessária revolução. Como Marx afirmava, a revolução do proletariado depende de que as condições materiais para a derrocada da burguesia estejam dadas.
Além disso, a política de cotas não legitima nem faz apologia do preconceito racial, nem tampouco afirma que o negro seja inferior. Ela na verdade explicita a histórica condição do negro em nossa sociedade, que de fato tem sido colocado à margem, inferiorizado. Para ele sobram os piores empregos, os menores salários, vão morar nos piores bairros, seus filhos vão para as piores escolas... Quantos professores negros vocês já tiveram? Quantos médicos e advogados negros? Quantos escritores negros vocês conhecem? E quantos garis negros, quantos pedreiros negros, quantos vendedores de picolé negros, vocês já viram?
A política de cotas tem como objetivo dar a esse aluno negro que, na grande maioria das vezes é pobre e carente, a chance de fazer uma faculdade pública, já que a grande maioria deles não tem condições de competir por uma vaga com um aluno branco e burguês que estudou em uma instituição como o Colégio Pitágoras, por exemplo. Mas, assim como o Bolsa Família, essa é uma medida de curto prazo que também deve vir acompanhada de mudanças mais profundas que necessariamente passam pela educação. Melhorar a escola pública, onde a grande maioria da população negra e toda a população pobre estuda, é o caminho.
A alienação na qual grande parte da população ainda se encontra é consequência precariedade da Educação básica pública, o que se reflete no comodismo político, e ambas fazem parte de um projeto de poder burguês. Porém, é preciso lembrar quem "já está de barriga cheia" tem forças para lutar e fazer a necessária revolução. Como Marx afirmava, a revolução do proletariado depende de que as condições materiais para a derrocada da burguesia estejam dadas.
Além disso, a política de cotas não legitima nem faz apologia do preconceito racial, nem tampouco afirma que o negro seja inferior. Ela na verdade explicita a histórica condição do negro em nossa sociedade, que de fato tem sido colocado à margem, inferiorizado. Para ele sobram os piores empregos, os menores salários, vão morar nos piores bairros, seus filhos vão para as piores escolas... Quantos professores negros vocês já tiveram? Quantos médicos e advogados negros? Quantos escritores negros vocês conhecem? E quantos garis negros, quantos pedreiros negros, quantos vendedores de picolé negros, vocês já viram?
A política de cotas tem como objetivo dar a esse aluno negro que, na grande maioria das vezes é pobre e carente, a chance de fazer uma faculdade pública, já que a grande maioria deles não tem condições de competir por uma vaga com um aluno branco e burguês que estudou em uma instituição como o Colégio Pitágoras, por exemplo. Mas, assim como o Bolsa Família, essa é uma medida de curto prazo que também deve vir acompanhada de mudanças mais profundas que necessariamente passam pela educação. Melhorar a escola pública, onde a grande maioria da população negra e toda a população pobre estuda, é o caminho.
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