SOBRE MITOS E TRAGÉDIAS
Quando vejo os defensores de Bolsonaro tentando defender o seu "mito", usando fotos dele com homossexuais, negros e com sionistas (colocados ali como se fossem judeus) no intuito de negar ou refutar as acusações de que ele seria homofóbico, racista e fascista, me lembro daquelas fotos que todo político, em época de campanha e com intuitos eleitoreiros, tira com criancinhas pobres no colo e comendo em restaurantes populares, carregando seus bandeijões e tentando interagir com o povão. Lembro também daquelas fotos de Hitler entre amigos no Berghof, rindo, passeando com sua esposa Eva Braum, às vezes dando a mão à alguma criança ariana, ou "fofamente" acompanhado de seu cão pastor.
Lembro também do real significado da palavra "mito", isto é, sua origem no termo grego "mythos", que diz respeito às primitivas narrativas baseadas na oralidade e que não se orientavam numa visão racional do mundo: os mitos gregos de Édipo, Narciso ou Sísifo, por exemplo. Todos o mitos continham lições morais, geralmente escondidas em histórias de personagens atormentados pelas fraquezas humanas. Os mitos carregam também os arquétipos - sobre os quais se constroem nossas personalidades, nossas idealizações, nossos temores e também são base das grandes obras-primas da literatura e do cinema.
Bolsonaro lembra-me não propriamente de um mito antigo, mas os protagonistas de duas peças teatrais cuja essência é calcada nessas narrativas primordiais: Hamlet e Macbeth, ambas de Shakespeare. Bolsonaro é um misto - mais pobre e mais ordinário - desses dois personagens: de Hamlet ele tem a ilusão de heroísmo, a auto-impingida aura de justiceiro, a síndrome de superioridade moral, a paranóia persecutória que o faz tomar como inimigo o divergente; de Macbeth, ele tem a sede de poder, a valorização do uso da força, a glorificação do militarismo, a apologia do masculino.
Ambos, ao alcançar seu objetivo (de Hamlet, sua visão distorcida de justiça, de Macbeth, o poder) levaram a desgraça aos que os cercavam e a si mesmos. Qual será o desfecho da peça que Bolsonaro e seus asseclas ensaiam? Temo que seja mais trágico do que Shakespeare poderia imaginar.
Bolsonaro é homofóbico por dizer repetidas vezes que homossexualidade é ''fruto das drogas'', que filho dele, se fosse gay, apanharia até ''virar homem''. É machista porque acha que não há nada demais usar a frase ''não te estupro porque você não merece'' como ofensa. Então, se ela merecesse, ele a estupraria? Estupro é questão de merecimento? É racista porque nega a divida histórica com a parcela negra da sociedade brasileira. É, em suma, assim como seus defensores, a escória moral, política e intelectual da humanidade.
Dentre as estultices proferidas pelo dito depurado, intriga-me a afirmação de que o PT e a esquerda tem colocado ricos contra pobres, pretos contra brancos, civis contra militares, heterossexuais contra homossexuais. Seu discurso retrógrado e reacionário me causa nojo. Essa afirmação que ele faz é totalmente descabida. Quem coloca ricos contra pobres é o capitalismo e as injustiça que ele produz, e muito antes do PT chegar ao poder isso já existia, e, no Brasil, a coisa era muito pior e melhorou significativamente nos últimos anos, como provam dados amplamente divulgados por estudiosos. Só quem não prestou atenção às aulas de História de Geografia na escola é acredita numa afirmação estúpida como essa - e isso me revolta. Tolos são os que julgam que, pelo colapso do Comunismo na URSS, pode-se inequivocamente concluir que o Capitalismo tenha dado certo. Não deu - se olharmos do ponto de vista social e ambiental - continua não dando certo, pois gera dia a dia, mais e mais exclusão e degradação. Se há um prisma do qual esse sistema pode ser visto como bem sucedido, seria o prisma econômico, mas, se formos críticos e considerarmos o abismo que ainda separa ricos e pobres em muitas parte do mundo, não chegaremos a essa conclusão.
Quem coloca negros contra brancos é uma sociedade preconceituosa como a nossa, na qual - e a TV é emblemática nesse sentido - o negro ainda é marginalizado, não é a esquerda, não é o PT, não é Lula. Nossa sociedade, construída sob e sobre o paradigma do Escravismo Colonial, nasceu na desigualdade entre negros e brancos, porque nela, ser negro foi, por pelo menos 300 anos, sinônimo de ser escravo, de não ser livre, de ser pobre, de não ter escolaridade, de não ter direitos. Em contrapartida, ser branco se configurou com sinônimo de ser livre, de ter mais que direitos, privilégios, de receber salário, de ter posses. E só quem é não é preto, nem pobre - e é muito obtuso - pode discordar.
Como podemos aceitar essa afirmação, se nas novelas e em outros programas de TV nacionais, os negros ainda ocupam papéis secundários (domésticas, motoristas, porteiros) e raramente são protagonistas? Como, se nas empresas, são raros os negros em cargos de chefia? Como, se entre ministros, senadores, deputados e vereadores, os negros ainda são igualmente raros? Como, se nas universidade, os negros também são minoria, mesmo com as cotas, ainda são minoria, especialmente em faculdades e cursos mais prestigiados e valorizados? Quantos médicos negros você conhece? Quantos advogados negros você já viu? E quantos criminosos e presidiários negros você já viu? Bom, com isso, ou se conclui que os negros são menos capazes e mais propensos a falhar - o que seria uma justificativa para o sistema de cotas que muitos criticam - ou assumimos que, historicamente, os negros tem sido os menos beneficiados dos processos de desenvolvimento social, político e econômico - o que também justifica a existência das cotas como parte das medidas de correção dessa injustiça.
Quem coloca civis contra militares é o próprio sistema político-econômico que põe esses policiais para defender os interesses dos grupos hegemônicos (elites, empresários) em detrimento dos interesses da população. E nunca civis e militares estiveram em lados tão opostos quanto na Ditadura - regime que ele, Bolsonaro, teima em defender. Isso porque, ao se colocarem no controle do Estado Nacional - capacidade que os militares claramente e essencialmente não possuem - eles instauraram, por mais de duas décadas, um inevitável conflito com a sociedade civil, conflito esse gerado pela opressão, pela repressão e pela censura impostos à sociedade.
Quem coloca heterossexuais contra homossexuais é o preconceito que resiste no interior de grupos conservadores do qual Bolsonaro é grande expoente. Sou hétero e nunca tive conflito com nenhum homossexual pois as escolhas deles não me prejudicam nem me afetam. Porém, como ser humano me solidarizo com sua luta e vibro com a conquista de seus direitos. O discurso recheado de ódio que ele outros como Feliciano e Malafaia é que, ao negar ao homossexuais os mesmos direitos e insistir em considera-los sob o prisma limitado - e incoerente com o Estado Laico que é o Brasil - tem colocado, diuturnamente, homossexuais contra heterossexuais.
Confira abaixo 23 das frases do dito deputado:
1. “O erro da ditadura foi torturar e não matar.” (Jair Bolsonaro, em discussão com manifestantes)
2. “Pinochet devia ter matado mais gente.” (Bolsonaro sobre a ditadura chilena de Augusto Pinochet. Disponível na revista Veja, edição 1575, de 2 de Dezembro de 1998 – Página 39)
3. “Seria incapaz de amar um filho homossexual. Prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí.” (Jair Bolsonaro em entrevista sobre homossexualidade na revista Playboy)
4. “Não te estupro porque você não merece.” (Jair Messias Bolsonaro, para a deputada federal Maria do Rosário)
5. “Eu não corro esse risco, meus filhos foram muito bem educados” (Bolsonaro para Preta Gil, sobre o que faria se seus filhos se relacionassem com uma mulher negra ou com homossexuais)
6. “A PM devia ter matado 1.000 e não 111 presos.” (Bolsonaro, sobre o Massacre do Carandiru)
7. “Não vou combater nem discriminar, mas, se eu vir dois homens se beijando na rua, vou bater.” (Afirmação de Jair Bolsonaro após caçoar de FHC sobre este segurar uma bandeira com as cores do arco-íris)
8. “Você é uma idiota. Você é uma analfabeta. Está censurada!”. (Declaração irritada de Jair Bolsonaro ao ser entrevistado pela repórter Manuela Borges, da Rede TV. A jornalista decidiu processar o deputado após os ataques)
9. “Parlamentar não deve andar de ônibus”. (Declaração publicada pelo jornal O Dia em 2013)
10. “Mulher deve ganhar salário menor porque engravida” (Bolsonaro justificou a frase: “quando ela voltar [da licença-maternidade], vai ter mais um mês de férias, ou seja, trabalhou cinco meses em um ano”)
11. “Sou preconceituoso, com muito orgulho.”
Em entrevista à revista Época, em 2011
12. “Seria incapaz de amar um filho homossexual. Prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí.”
Em entrevista sobre homossexualidade à revista Playboy, em dezembro de 2011
13. “O filho começa a ficar assim, meio gayzinho, leva um couro e muda o comportamento dele.”
Em um debate na TV Câmara, em 2010
14. “Não vou combater nem discriminar, mas, se eu vir dois homens se beijando na rua, vou bater.”
Após o então presidente FHC segurar uma bandeira com as cores do arco-íris em defesa da união homoafetiva, em maio de 2002
15. “Eu não corro esse risco, meus filhos foram muito bem educados.”
Em resposta a Preta Gil, sobre o que faria se seus filhos se relacionassem com uma mulher negra ou com homossexuais, no programa CQC, da Band
16. “Fui num quilombo. O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Nem pra procriador ele serve mais.”
Em palestra no Clube da Hebraica, no Rio, em abril de 2017
17. “Não te estupro porque você não merece.”
Para a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), em dezembro de 2014
18. “Mulher deve ganhar salário menor porque engravida. Quando ela voltar [da licença-maternidade], vai ter mais um mês de férias, ou seja, trabalhou cinco meses em um ano.”
Em entrevista ao jornal Zero Hora, em fevereiro de 2015
19. “Sou capitão do Exército, minha missão é matar.”
Em palestra em Porto Alegre, em junho de 2017
20. “O erro da ditadura foi torturar e não matar.”
Em participação no programa Pânico, da rádio Jovem Pan, em julho de 2016
21. “Pinochet devia ter matado mais gente.”
Sobre a ditadura chilena de Augusto Pinochet em entrevista à revista Veja, edição 1575, de 2 de dezembro de 1998
22. “No período da ditadura, deviam ter fuzilado uns 30 mil corruptos, a começar pelo presidente Fernando Henrique.”
Em maio de 1999, num programa de TV, ao defender o fechamento do Congresso Nacional
23. “Desaparecidos do Araguaia? Quem procura osso é cachorro.”
Para familiares de desaparecidos na ditadura, em cartaz anexado na entrada de seu gabinete na Câmara dos Deputados, em maio de 2009
Ele é não é machista, racista, homofóbico e fascista?
Em suma, os valores e ideais defendidos por Bolsonaro e seus seguidores é o que continua gerando todos esse conflitos, e colocar a culpa disso no PT (como eles não houvessem existido antes) é cegueira, burrice, estupidez.
Lembro também do real significado da palavra "mito", isto é, sua origem no termo grego "mythos", que diz respeito às primitivas narrativas baseadas na oralidade e que não se orientavam numa visão racional do mundo: os mitos gregos de Édipo, Narciso ou Sísifo, por exemplo. Todos o mitos continham lições morais, geralmente escondidas em histórias de personagens atormentados pelas fraquezas humanas. Os mitos carregam também os arquétipos - sobre os quais se constroem nossas personalidades, nossas idealizações, nossos temores e também são base das grandes obras-primas da literatura e do cinema.
Bolsonaro lembra-me não propriamente de um mito antigo, mas os protagonistas de duas peças teatrais cuja essência é calcada nessas narrativas primordiais: Hamlet e Macbeth, ambas de Shakespeare. Bolsonaro é um misto - mais pobre e mais ordinário - desses dois personagens: de Hamlet ele tem a ilusão de heroísmo, a auto-impingida aura de justiceiro, a síndrome de superioridade moral, a paranóia persecutória que o faz tomar como inimigo o divergente; de Macbeth, ele tem a sede de poder, a valorização do uso da força, a glorificação do militarismo, a apologia do masculino.
Ambos, ao alcançar seu objetivo (de Hamlet, sua visão distorcida de justiça, de Macbeth, o poder) levaram a desgraça aos que os cercavam e a si mesmos. Qual será o desfecho da peça que Bolsonaro e seus asseclas ensaiam? Temo que seja mais trágico do que Shakespeare poderia imaginar.
Bolsonaro é homofóbico por dizer repetidas vezes que homossexualidade é ''fruto das drogas'', que filho dele, se fosse gay, apanharia até ''virar homem''. É machista porque acha que não há nada demais usar a frase ''não te estupro porque você não merece'' como ofensa. Então, se ela merecesse, ele a estupraria? Estupro é questão de merecimento? É racista porque nega a divida histórica com a parcela negra da sociedade brasileira. É, em suma, assim como seus defensores, a escória moral, política e intelectual da humanidade.
Dentre as estultices proferidas pelo dito depurado, intriga-me a afirmação de que o PT e a esquerda tem colocado ricos contra pobres, pretos contra brancos, civis contra militares, heterossexuais contra homossexuais. Seu discurso retrógrado e reacionário me causa nojo. Essa afirmação que ele faz é totalmente descabida. Quem coloca ricos contra pobres é o capitalismo e as injustiça que ele produz, e muito antes do PT chegar ao poder isso já existia, e, no Brasil, a coisa era muito pior e melhorou significativamente nos últimos anos, como provam dados amplamente divulgados por estudiosos. Só quem não prestou atenção às aulas de História de Geografia na escola é acredita numa afirmação estúpida como essa - e isso me revolta. Tolos são os que julgam que, pelo colapso do Comunismo na URSS, pode-se inequivocamente concluir que o Capitalismo tenha dado certo. Não deu - se olharmos do ponto de vista social e ambiental - continua não dando certo, pois gera dia a dia, mais e mais exclusão e degradação. Se há um prisma do qual esse sistema pode ser visto como bem sucedido, seria o prisma econômico, mas, se formos críticos e considerarmos o abismo que ainda separa ricos e pobres em muitas parte do mundo, não chegaremos a essa conclusão.
Quem coloca negros contra brancos é uma sociedade preconceituosa como a nossa, na qual - e a TV é emblemática nesse sentido - o negro ainda é marginalizado, não é a esquerda, não é o PT, não é Lula. Nossa sociedade, construída sob e sobre o paradigma do Escravismo Colonial, nasceu na desigualdade entre negros e brancos, porque nela, ser negro foi, por pelo menos 300 anos, sinônimo de ser escravo, de não ser livre, de ser pobre, de não ter escolaridade, de não ter direitos. Em contrapartida, ser branco se configurou com sinônimo de ser livre, de ter mais que direitos, privilégios, de receber salário, de ter posses. E só quem é não é preto, nem pobre - e é muito obtuso - pode discordar.
Como podemos aceitar essa afirmação, se nas novelas e em outros programas de TV nacionais, os negros ainda ocupam papéis secundários (domésticas, motoristas, porteiros) e raramente são protagonistas? Como, se nas empresas, são raros os negros em cargos de chefia? Como, se entre ministros, senadores, deputados e vereadores, os negros ainda são igualmente raros? Como, se nas universidade, os negros também são minoria, mesmo com as cotas, ainda são minoria, especialmente em faculdades e cursos mais prestigiados e valorizados? Quantos médicos negros você conhece? Quantos advogados negros você já viu? E quantos criminosos e presidiários negros você já viu? Bom, com isso, ou se conclui que os negros são menos capazes e mais propensos a falhar - o que seria uma justificativa para o sistema de cotas que muitos criticam - ou assumimos que, historicamente, os negros tem sido os menos beneficiados dos processos de desenvolvimento social, político e econômico - o que também justifica a existência das cotas como parte das medidas de correção dessa injustiça.
Quem coloca civis contra militares é o próprio sistema político-econômico que põe esses policiais para defender os interesses dos grupos hegemônicos (elites, empresários) em detrimento dos interesses da população. E nunca civis e militares estiveram em lados tão opostos quanto na Ditadura - regime que ele, Bolsonaro, teima em defender. Isso porque, ao se colocarem no controle do Estado Nacional - capacidade que os militares claramente e essencialmente não possuem - eles instauraram, por mais de duas décadas, um inevitável conflito com a sociedade civil, conflito esse gerado pela opressão, pela repressão e pela censura impostos à sociedade.
Quem coloca heterossexuais contra homossexuais é o preconceito que resiste no interior de grupos conservadores do qual Bolsonaro é grande expoente. Sou hétero e nunca tive conflito com nenhum homossexual pois as escolhas deles não me prejudicam nem me afetam. Porém, como ser humano me solidarizo com sua luta e vibro com a conquista de seus direitos. O discurso recheado de ódio que ele outros como Feliciano e Malafaia é que, ao negar ao homossexuais os mesmos direitos e insistir em considera-los sob o prisma limitado - e incoerente com o Estado Laico que é o Brasil - tem colocado, diuturnamente, homossexuais contra heterossexuais.
Confira abaixo 23 das frases do dito deputado:
1. “O erro da ditadura foi torturar e não matar.” (Jair Bolsonaro, em discussão com manifestantes)
2. “Pinochet devia ter matado mais gente.” (Bolsonaro sobre a ditadura chilena de Augusto Pinochet. Disponível na revista Veja, edição 1575, de 2 de Dezembro de 1998 – Página 39)
3. “Seria incapaz de amar um filho homossexual. Prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí.” (Jair Bolsonaro em entrevista sobre homossexualidade na revista Playboy)
4. “Não te estupro porque você não merece.” (Jair Messias Bolsonaro, para a deputada federal Maria do Rosário)
5. “Eu não corro esse risco, meus filhos foram muito bem educados” (Bolsonaro para Preta Gil, sobre o que faria se seus filhos se relacionassem com uma mulher negra ou com homossexuais)
6. “A PM devia ter matado 1.000 e não 111 presos.” (Bolsonaro, sobre o Massacre do Carandiru)
7. “Não vou combater nem discriminar, mas, se eu vir dois homens se beijando na rua, vou bater.” (Afirmação de Jair Bolsonaro após caçoar de FHC sobre este segurar uma bandeira com as cores do arco-íris)
8. “Você é uma idiota. Você é uma analfabeta. Está censurada!”. (Declaração irritada de Jair Bolsonaro ao ser entrevistado pela repórter Manuela Borges, da Rede TV. A jornalista decidiu processar o deputado após os ataques)
9. “Parlamentar não deve andar de ônibus”. (Declaração publicada pelo jornal O Dia em 2013)
10. “Mulher deve ganhar salário menor porque engravida” (Bolsonaro justificou a frase: “quando ela voltar [da licença-maternidade], vai ter mais um mês de férias, ou seja, trabalhou cinco meses em um ano”)
11. “Sou preconceituoso, com muito orgulho.”
Em entrevista à revista Época, em 2011
12. “Seria incapaz de amar um filho homossexual. Prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí.”
Em entrevista sobre homossexualidade à revista Playboy, em dezembro de 2011
13. “O filho começa a ficar assim, meio gayzinho, leva um couro e muda o comportamento dele.”
Em um debate na TV Câmara, em 2010
14. “Não vou combater nem discriminar, mas, se eu vir dois homens se beijando na rua, vou bater.”
Após o então presidente FHC segurar uma bandeira com as cores do arco-íris em defesa da união homoafetiva, em maio de 2002
15. “Eu não corro esse risco, meus filhos foram muito bem educados.”
Em resposta a Preta Gil, sobre o que faria se seus filhos se relacionassem com uma mulher negra ou com homossexuais, no programa CQC, da Band
16. “Fui num quilombo. O afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Nem pra procriador ele serve mais.”
Em palestra no Clube da Hebraica, no Rio, em abril de 2017
17. “Não te estupro porque você não merece.”
Para a deputada federal Maria do Rosário (PT-RS), em dezembro de 2014
18. “Mulher deve ganhar salário menor porque engravida. Quando ela voltar [da licença-maternidade], vai ter mais um mês de férias, ou seja, trabalhou cinco meses em um ano.”
Em entrevista ao jornal Zero Hora, em fevereiro de 2015
19. “Sou capitão do Exército, minha missão é matar.”
Em palestra em Porto Alegre, em junho de 2017
20. “O erro da ditadura foi torturar e não matar.”
Em participação no programa Pânico, da rádio Jovem Pan, em julho de 2016
21. “Pinochet devia ter matado mais gente.”
Sobre a ditadura chilena de Augusto Pinochet em entrevista à revista Veja, edição 1575, de 2 de dezembro de 1998
22. “No período da ditadura, deviam ter fuzilado uns 30 mil corruptos, a começar pelo presidente Fernando Henrique.”
Em maio de 1999, num programa de TV, ao defender o fechamento do Congresso Nacional
23. “Desaparecidos do Araguaia? Quem procura osso é cachorro.”
Para familiares de desaparecidos na ditadura, em cartaz anexado na entrada de seu gabinete na Câmara dos Deputados, em maio de 2009
Ele é não é machista, racista, homofóbico e fascista?
Em suma, os valores e ideais defendidos por Bolsonaro e seus seguidores é o que continua gerando todos esse conflitos, e colocar a culpa disso no PT (como eles não houvessem existido antes) é cegueira, burrice, estupidez.
17 💙
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