EUA, NAÇÃO BURGUESA
A política externa dos EUA tem sido a mesma há décadas, e não sofreu mudanças significativas com nenhum dos últimos presidentes que passaram pela Casa Branca.
Foi durante o governo Obama (2009 a 2016) que os EUA fomentaram ainda mais o caos no Oriente Médio e no Norte da África, financiando grupos rebeldes em países como Líbia e Síria, simplesmente porque seus governantes (Muammar Kadhafi e Bashar Al-Assad, respectivamente), mostram-se interessados e negociar seu petróleo com Russos e Chineses, em vez de continuar vendendo-os a preço de banana para as empresas estadunidenses e britanicas, como o fazem países como Arábia Saudita, Kuwait e Bahrein.
Foi durante o governo George W. Bush (2000 a 2009) que os EUA invadiram o Iraque, em 2003, sob falsas acusações de que o país produzia ''armas de destruição em massa'', derrubando Saddam Hussein, que ajudaram a colocar no poder em 1979 (no governo Carter) e que fora aliado até 1991, quando ele invadiu e tentou anexar o Kuwait. Foi durante esse mesmo governo que o país invadiu o Afeganistão, sob o pretexto de caçar Osama Bin Laden, destruir a Al Qaeda e derrubar o regime Talibã, que surgiram a partir dos mujihadins financiados pelos EUA nos anos 70 para enfrentar os soviéticos.
No governo Clinton (1993 a 2000) os EUA deram continuidade a um política iniciada no governo anterior de George Bush ''pai'', junto a outras potencias européias interviram nos Balcãs, fomentando grupos rebeldes que aceleraram a fragmentação da antiga Iugoslávia, levando a uma série de conflitos locais, muitas vezes fraticida, com a Guerra da Sérvia (1991 a 1995), Guerra da Crácia (1991 a 1995), Guerra da Bósnia (1992 a 1995) e a Guerra de Kosovo (1999).
Foi no governo de George Bush (1989 a 1992) que os EUA interveram no conflito entre Iraque e Kuwait, derrotando as tropas de Saddan Hussein, instalando bases militares no vizinho Arábia Saudita (país natal de Osama Bin Laden) e mantendo o petróleo kuwaitiano sob seu controle.
A Guerra do Vietnã (1955 a 1975), inicianda como uma luta pela independencia da antiga Indochina em relação ao domínio frances, a intervenção dos EUA no conflito, visam evitar que o país se alinhasse com os soviéticos, começou no governo de John F. Kennedy (1961 a 1963), foi mantida durante os governos de Lyndon Johnson (1963 a 1968), Richard Nixon (1969 a 1974) e Gerald Ford (1974 a 1976).
E foi durantes os governos Jimmy Carter (1977 a 1980) e Ronald Reagan (1981 a 1989) que os EUA financiaram e armaram os mujihadins afegãos para rechaçar os soviéticos que tentavam invadir o Afeganistão pelo norte, e que mais tarde dariam origem aos Talibãs e a Al Qaeda. Foi durante o governode Jimmy Carter que os EUA interviram no Irã, defendendo o ditador Xá reza Pahlavi, com a operação Ajax, da CIA, o que culminou numa revolta popular que conseguiu derrubar o Xá e subjugar os interesses estadunidenses, mas que implantou um regime teocrático islâmico, com o Aiatolá Khomeini no poder até sua morte em 1988, que dura até os dias atuais.
E todos esse presidentes apoiavam Israel e faziam vista ao extermínio de palestinos pelas forças militares israelenses e para a ocupação de territórios palestinos por colonos israelenses. Todos eles guiaram a política externa do país baseados nos interesses das grandes empresas estadunidenses, especialmente as petrolíferas como Exxon, Mobil e Texaco, financiando golpes militares em países do Oriente Médio e da América Latina com o intuito de garantir o acesso a recursos naturais que abundam nessas regiões.
Os EUA são signatários não só do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, mas também do Start (Tratado Estratégico de Redução de Armas), firmado com a Rússia em 2010, segundo o qual ambos os países deveriam reduzir seus arsenais estratégicos nucleares para 1.550 ogivas e 700 veículos.
Contudo, os EUA mantêm hoje 1.411 ogivas instaladas em 673 veículos e estima-se que o número de ogivas instaladas atualmente por este país seja de 1.740.
A Força Aérea estadunidense possui 20 bombardeiros B-2 e 54 bombardeiros B-52, com capacidade de realizar ataques nucleares. A Marinha tem 14 submarinos nucleares, e cada um deles pode levar 24 mísseis Trident I. Existem ainda 414 mísseis intercontinentais.
O arsenal bélico deste país está passando, no governo Trump, por uma caríssima modernização, estimada em US$ 1 trilhão em 30 anos. Não podemos nos esquecer que os EUA historicamente mantêm armas táticas nucleares em bases militares localizadas vários países aliados, de modo que estima-se que sejam mais de 200 armas nucleares em países como Bélgica, Alemanha, Itália, Holanda e Turquia.
No século XX, à parte sua justa participação na Segunda Guerra Mundial, ajudando-nos a vencer os nazistas, os EUA atacaram militarmente países como a Coréia, o Vietnã, o Iraque, o Irã, o Líbano, a Líbia, etc. Colocaram em ação programas para derrubar presidentes de esquerda (Jango, no Brasil, Mossadegh no Irã, Allende no Chile, Thomas Sankara em Burkina Fasso) democraticamente eleitos substituindo-os por regimes ditatoriais comandados por tiranos, por meio das operações Ajax e Condor, por exemplo.
No governo Dwight D. Eisenhower (que presidiu os EUA de 1953 a 1961), a CIA, sob a direção de Allen Dulles, intensificou suas atividades pelo mundo para combater a expansão do comunismo no Terceiro mundo e proteger os interesses dos Estados Unidos. Antes mesmo de sua posse, Eisenhower aceitou um pedido do governo britânico para reinstaurar o Xá do Irã (Mohammad Reza Pahlavi) no poder.
Ele autorizou, após sua posse, a CIA a apoiar incondicionalmente os militares iranianos a dar um golpe de estado contra o primeiro-ministro Mohammad Mosaddegh. Isso aumentou o controle e a influência das empresas americanas e inglesas (especialmente as de petróleo) no país.
A inteligência americana trabalhou diretamente na deposição do governo iraniano no golpe de 1953 (na Operação Ajax), o golpe de Estado na Guatemala de 1954 (na Operação Pbsuccess) e em uma ação clandestina na recém independente República do Congo (Léopoldville). Eisenhower também ordenou a expansão das atividades de espionagem e vigilância na União Soviética.
Seguindo a recomendação de Dulles, ele autorizou o deslocamento de mais de trinta aviões espiões Lockheed U-2, ao custo de US$ 35 milhões de dólares. O governo Eisenhower também iniciou o planejamento da Invasão da Baía dos Porcos, que tentou derrubar Fidel Castro do poder em Cuba (o plano só foi adiante com John F. Kennedy na presidência em 1961). Ele também lançou a Operação 40, que tinha por objetivo sabotar e minar a autoridade do governo de Castro.
No começo de 1953, a França pediu para Eisenhower ajuda-los a combater o rebeldes vietnamitas liderados por Ho Chi Minh, na então Indochina Francesa. Eisenhower enviou então armas e pessoal para auxiliar os franceses. Após meses e poucos sucessos alcançados pela França, ele enviou aviões em larga quantidade para ajuda-los. Os americanos concordaram em ajudar mais, mas impuseram condições (como aprovação do Congresso).
Quando os franceses foram derrotados em Điện Biên Phủ em maio de 1954, Ike foi pressionado pelos seus conselheiros militares e equipe política (incluindo o seu vice) a autorizar uma intervenção militar. O presidente respondeu firmando, com o Reino Unido, a França, a Nova Zelândia e a Austrália, a SEATO (Southeast Asia Treaty Organization), ou "Organização do Tratado do Sudeste Asiático", para enfrentar os comunistas. Então os vietnamitas, que havia vencido e expulsado os colonizadores franceses, tiveram que enfrentar outro inimigo: os Estados Unidos da América, maior nação imperialista do planeta. Mas, liderados pelo grande Ho Chi Minhe seu estrategista militar, Nguyen von Giap, triunfaram mais uma vez.
Porém, apesar de tudo isso, pra muitos, o grande vilão e a grande ameaça, nesta história, é a República Popular da Coreia, ou Cuba, ou a Venezuela.
Foi durante o governo Obama (2009 a 2016) que os EUA fomentaram ainda mais o caos no Oriente Médio e no Norte da África, financiando grupos rebeldes em países como Líbia e Síria, simplesmente porque seus governantes (Muammar Kadhafi e Bashar Al-Assad, respectivamente), mostram-se interessados e negociar seu petróleo com Russos e Chineses, em vez de continuar vendendo-os a preço de banana para as empresas estadunidenses e britanicas, como o fazem países como Arábia Saudita, Kuwait e Bahrein.
Foi durante o governo George W. Bush (2000 a 2009) que os EUA invadiram o Iraque, em 2003, sob falsas acusações de que o país produzia ''armas de destruição em massa'', derrubando Saddam Hussein, que ajudaram a colocar no poder em 1979 (no governo Carter) e que fora aliado até 1991, quando ele invadiu e tentou anexar o Kuwait. Foi durante esse mesmo governo que o país invadiu o Afeganistão, sob o pretexto de caçar Osama Bin Laden, destruir a Al Qaeda e derrubar o regime Talibã, que surgiram a partir dos mujihadins financiados pelos EUA nos anos 70 para enfrentar os soviéticos.
No governo Clinton (1993 a 2000) os EUA deram continuidade a um política iniciada no governo anterior de George Bush ''pai'', junto a outras potencias européias interviram nos Balcãs, fomentando grupos rebeldes que aceleraram a fragmentação da antiga Iugoslávia, levando a uma série de conflitos locais, muitas vezes fraticida, com a Guerra da Sérvia (1991 a 1995), Guerra da Crácia (1991 a 1995), Guerra da Bósnia (1992 a 1995) e a Guerra de Kosovo (1999).
Foi no governo de George Bush (1989 a 1992) que os EUA interveram no conflito entre Iraque e Kuwait, derrotando as tropas de Saddan Hussein, instalando bases militares no vizinho Arábia Saudita (país natal de Osama Bin Laden) e mantendo o petróleo kuwaitiano sob seu controle.
A Guerra do Vietnã (1955 a 1975), inicianda como uma luta pela independencia da antiga Indochina em relação ao domínio frances, a intervenção dos EUA no conflito, visam evitar que o país se alinhasse com os soviéticos, começou no governo de John F. Kennedy (1961 a 1963), foi mantida durante os governos de Lyndon Johnson (1963 a 1968), Richard Nixon (1969 a 1974) e Gerald Ford (1974 a 1976).
E foi durantes os governos Jimmy Carter (1977 a 1980) e Ronald Reagan (1981 a 1989) que os EUA financiaram e armaram os mujihadins afegãos para rechaçar os soviéticos que tentavam invadir o Afeganistão pelo norte, e que mais tarde dariam origem aos Talibãs e a Al Qaeda. Foi durante o governode Jimmy Carter que os EUA interviram no Irã, defendendo o ditador Xá reza Pahlavi, com a operação Ajax, da CIA, o que culminou numa revolta popular que conseguiu derrubar o Xá e subjugar os interesses estadunidenses, mas que implantou um regime teocrático islâmico, com o Aiatolá Khomeini no poder até sua morte em 1988, que dura até os dias atuais.
E todos esse presidentes apoiavam Israel e faziam vista ao extermínio de palestinos pelas forças militares israelenses e para a ocupação de territórios palestinos por colonos israelenses. Todos eles guiaram a política externa do país baseados nos interesses das grandes empresas estadunidenses, especialmente as petrolíferas como Exxon, Mobil e Texaco, financiando golpes militares em países do Oriente Médio e da América Latina com o intuito de garantir o acesso a recursos naturais que abundam nessas regiões.
Os EUA são signatários não só do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, mas também do Start (Tratado Estratégico de Redução de Armas), firmado com a Rússia em 2010, segundo o qual ambos os países deveriam reduzir seus arsenais estratégicos nucleares para 1.550 ogivas e 700 veículos.
Contudo, os EUA mantêm hoje 1.411 ogivas instaladas em 673 veículos e estima-se que o número de ogivas instaladas atualmente por este país seja de 1.740.
A Força Aérea estadunidense possui 20 bombardeiros B-2 e 54 bombardeiros B-52, com capacidade de realizar ataques nucleares. A Marinha tem 14 submarinos nucleares, e cada um deles pode levar 24 mísseis Trident I. Existem ainda 414 mísseis intercontinentais.
O arsenal bélico deste país está passando, no governo Trump, por uma caríssima modernização, estimada em US$ 1 trilhão em 30 anos. Não podemos nos esquecer que os EUA historicamente mantêm armas táticas nucleares em bases militares localizadas vários países aliados, de modo que estima-se que sejam mais de 200 armas nucleares em países como Bélgica, Alemanha, Itália, Holanda e Turquia.
No século XX, à parte sua justa participação na Segunda Guerra Mundial, ajudando-nos a vencer os nazistas, os EUA atacaram militarmente países como a Coréia, o Vietnã, o Iraque, o Irã, o Líbano, a Líbia, etc. Colocaram em ação programas para derrubar presidentes de esquerda (Jango, no Brasil, Mossadegh no Irã, Allende no Chile, Thomas Sankara em Burkina Fasso) democraticamente eleitos substituindo-os por regimes ditatoriais comandados por tiranos, por meio das operações Ajax e Condor, por exemplo.
No governo Dwight D. Eisenhower (que presidiu os EUA de 1953 a 1961), a CIA, sob a direção de Allen Dulles, intensificou suas atividades pelo mundo para combater a expansão do comunismo no Terceiro mundo e proteger os interesses dos Estados Unidos. Antes mesmo de sua posse, Eisenhower aceitou um pedido do governo britânico para reinstaurar o Xá do Irã (Mohammad Reza Pahlavi) no poder.
Ele autorizou, após sua posse, a CIA a apoiar incondicionalmente os militares iranianos a dar um golpe de estado contra o primeiro-ministro Mohammad Mosaddegh. Isso aumentou o controle e a influência das empresas americanas e inglesas (especialmente as de petróleo) no país.
A inteligência americana trabalhou diretamente na deposição do governo iraniano no golpe de 1953 (na Operação Ajax), o golpe de Estado na Guatemala de 1954 (na Operação Pbsuccess) e em uma ação clandestina na recém independente República do Congo (Léopoldville). Eisenhower também ordenou a expansão das atividades de espionagem e vigilância na União Soviética.
Seguindo a recomendação de Dulles, ele autorizou o deslocamento de mais de trinta aviões espiões Lockheed U-2, ao custo de US$ 35 milhões de dólares. O governo Eisenhower também iniciou o planejamento da Invasão da Baía dos Porcos, que tentou derrubar Fidel Castro do poder em Cuba (o plano só foi adiante com John F. Kennedy na presidência em 1961). Ele também lançou a Operação 40, que tinha por objetivo sabotar e minar a autoridade do governo de Castro.
No começo de 1953, a França pediu para Eisenhower ajuda-los a combater o rebeldes vietnamitas liderados por Ho Chi Minh, na então Indochina Francesa. Eisenhower enviou então armas e pessoal para auxiliar os franceses. Após meses e poucos sucessos alcançados pela França, ele enviou aviões em larga quantidade para ajuda-los. Os americanos concordaram em ajudar mais, mas impuseram condições (como aprovação do Congresso).
Quando os franceses foram derrotados em Điện Biên Phủ em maio de 1954, Ike foi pressionado pelos seus conselheiros militares e equipe política (incluindo o seu vice) a autorizar uma intervenção militar. O presidente respondeu firmando, com o Reino Unido, a França, a Nova Zelândia e a Austrália, a SEATO (Southeast Asia Treaty Organization), ou "Organização do Tratado do Sudeste Asiático", para enfrentar os comunistas. Então os vietnamitas, que havia vencido e expulsado os colonizadores franceses, tiveram que enfrentar outro inimigo: os Estados Unidos da América, maior nação imperialista do planeta. Mas, liderados pelo grande Ho Chi Minhe seu estrategista militar, Nguyen von Giap, triunfaram mais uma vez.
Porém, apesar de tudo isso, pra muitos, o grande vilão e a grande ameaça, nesta história, é a República Popular da Coreia, ou Cuba, ou a Venezuela.
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